domingo, 11 de setembro de 2016

Uma semente em mim...

Ando perdido no meu tempo e espaço interno...
Não presto atenção em nada
Estou por dentro quieto.
Naquele silêncio que precede o esporro
Naquela calmaria que antecede o Caos
Naquela paz que precede a guerra
Naquela quietude que precede o discurso final
Naquele voto de silêncio obrigatório antes de partir para outro mundo...

Outro mundo talvez outra vida
Já se anuncia a chegada de um novo tempo
Pois do velho  já se anunciou a despedida
Lá vou eu para uma nova vida
Depois da morte que se faz necessária
La vou eu para o novo rumo
Novo caminho que me chama para  nele andar
Um universo onde mais marginal ainda
Ela será
Pois marginal eu sou
Mas ela será mais
Ela é uma semente que vive em mim
Estou disposto a regar e deixar crescer
Para que ela floresça e dê furtos melhores que eu dei.
Mas ela talvez seja uma flor rara num deserto cruel
Ela talvez seja a única flor em meio ao cinza  da cidade
Ela talvez seja a única flor no frio glacial da tundra
Ela por sua origem pode ser rejeitada
Ela pela planta que a gerou pode ser renegada
Mas não importa mais nada disso
Ela precisa nascer
Pois eu já estou morto faz muito tempo...

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