sábado, 24 de setembro de 2016

Luana grita socorro

Barba na cara
Máscara que esconde um outro ser
Cada fio foi forçado a estar ali por medo
Por pavor de não se entender
Cada músculo cultivado em malhação
Lhe parecia torto, feio e estranho
Se fosse em outro corpo
Talvez fosse lindo

Desde muito cedo aprendeu que nos momentos de silêncio e solidão
Da casa ou do banheiro podia ser quem quisesse
Ali era menina
Ali era alguém que não podia ser
Ela foi crescendo
E por muitas vezes se convenceu de que era o que nasceu
Mas desde cedo já usava lingerie se escondidas
Mas quando começou a estar com meninos e meninas na intimidade se sentia uma menina
E a culpa lhe devorava como fera selvagem devora a presa
E o medo lhe destruía
E lhe esquartejava em cima da mesa
E se perdia em sonhos
E viajava nos livros
As vezes se torturava querendo ser os heróis masculinos
Já que ouvira de todos que devia ser menino
Já que ouvira de muita gente que era doença ser diferente quanto ao gênero
Já que ouvira até de psicólogos que era ruim ser diferente quanto a sexualidade
Ela se trancou por muitas vezes no armário
Por muitos anos ela se negava o que era
Por muitas vezes quiser chutar o balde e aparecer para o mundo
Más por muitas vezes afogou no balde a idéia de tudo mudar
Medo de não ser aceita
Medo de não ser levada a sério
Medo
Medo
Medo!!!
E esse medo a fez desequilibrada
E esse medo a fez fera acuada
E esse medo a fez sofrer e gritar
E se negava saber o motivo
Décadas sofrendo em ciclos
Décadas pedindo a Deus que lhe destruísse  para parar de sofrer
Mas uma hora a inquietação voltou a crescer
E a cada dia fica mais alta e intensa
E a cada hora ela precisar surgir
Ou ela presa vai destruir o falso ele que representa mal.
Um ser mais feliz pode ser
Um ser mais completo quer viver
E deixar de ser esse ser que sempre desistiu de tudo quase sempre se dizendo doente, deprimido
Na verdade o seu corpo e mente
Sempre em conflito
Lascinava-a de dor
E por isso busca até hoje fugas mil
E sempre está a fugir de si
Mas já não tem mais como correr
Ou nasce de forma correta ou prefere morrer
Luana girta para vir à luz.
Luana sempre esteve aqui
Luana que um dia se disfarçou de "Paty"
Fingindo ser personagem de fetiche
Hoje se revela na cara desse ser que sempre foi Alegre por fora
Por dentro triste
Macho desajeitado por fora
Mal encaixado no "ser homem"
Fêmea contida por dentro
Querendo ir além do armário
Querendo ser como as outras
Querendo um dia sair e não mais voltar a se trancar.
Nunca se formou em faculdade pois não aceitaria outro nome no diploma a não ser Luana
Já teve diplomas demais com nome que não lhe descreve, não lhe pertence
Luana pede socorro. Já não tem forças para nascer só.
Help me!
Ayúdame!
Socorro!

domingo, 11 de setembro de 2016

Uma semente em mim...

Ando perdido no meu tempo e espaço interno...
Não presto atenção em nada
Estou por dentro quieto.
Naquele silêncio que precede o esporro
Naquela calmaria que antecede o Caos
Naquela paz que precede a guerra
Naquela quietude que precede o discurso final
Naquele voto de silêncio obrigatório antes de partir para outro mundo...

Outro mundo talvez outra vida
Já se anuncia a chegada de um novo tempo
Pois do velho  já se anunciou a despedida
Lá vou eu para uma nova vida
Depois da morte que se faz necessária
La vou eu para o novo rumo
Novo caminho que me chama para  nele andar
Um universo onde mais marginal ainda
Ela será
Pois marginal eu sou
Mas ela será mais
Ela é uma semente que vive em mim
Estou disposto a regar e deixar crescer
Para que ela floresça e dê furtos melhores que eu dei.
Mas ela talvez seja uma flor rara num deserto cruel
Ela talvez seja a única flor em meio ao cinza  da cidade
Ela talvez seja a única flor no frio glacial da tundra
Ela por sua origem pode ser rejeitada
Ela pela planta que a gerou pode ser renegada
Mas não importa mais nada disso
Ela precisa nascer
Pois eu já estou morto faz muito tempo...

sábado, 10 de setembro de 2016

Sacrifício ao Deus Cornudo


Meu pai socorre esse seu filho que está fraco
Meu pai ofereço esse sacrifício a ti
Meu pai que eu tenha a sua força e proteção
Meu pai que eu seja sua representação em terra
Meu pai que eu seja o seu reflexo
Meu pai que eu tenha coragem
Meu pai que eu tenha honra
Meu pai que eu seja guerreiro e caçador
Meu pai que eu seja pai e poeta
Meu pai que eu seja sábio e ladino
Meu pai que eu seja o lobo e o cão
Meu pai que eu seja o tigre e o leão
Meu pai que eu seja o bode preto
Meu pai que eu seja o touro
Meu pai que eu seja o alce
Meu pai que eu seja tudo que tu és
Meu pai que eu esteja na caçada selvagem ao teu lado
Meu pai esteja de agora em diante sempre ao meu lado!
Heya Kernunnos!
Hail Kernunnos!
Hail caçador das matas!

Mãe Dos Demônios.


Salve tu que sois Lilith na terra
Mãe dos demônios mais perversos e
Pervertidos
Senhora dos prazeres e do libido
Mãe dos Incubus e Sucubus
A ti estou rendido
Entregue ao teu poder incontrolável
Possuído pelo pecado
Possuído pelo prazer
Possuído por tudo que um dia em mim foi reprimido.
Nesse momento me dou por vencedor
Jamais como vencido
Pois conheci teu livre amor
Me achei no teu sexo
Antes estava perdido.
Provarei do teu ser cada gota
Que jorra do teu falo enrigecido
E jorrarei do meu Onde quiseres
Como te amo
Minha Deusa
És tão poderosa e o
Meu prazer mais libertino...

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Silêncio

Ando perdido no meu tempo e espaço interno...
Não presto atenção em nada
Estou por dentro quieto.
Naquele silêncio que precede o esporro
Naquela calmaria que ente cede o Caos
Naquela paz que precede a guerra
Naquela quietude que precede o discurso final
Naquele voto de silêncio obrigatório antes de partir para outro mundo...

Feitiço de Áquila...

Vais dormir enquanto o sol está nascendo pois ele é a sua lua dourada. O teu sol é cor de prata e em breve virá te acordar. O teu dia é sempre escuro. Tua noite sempre ensolarada.
Vivemos um Feitiço de Áquila neste mundo e neste século. Onde quando eu estou acordado tu estás a sonhar. Quando eu estou indo sonhar tu estás a sair para trabalhar...
Quando um eclipse irá acontecer entre esse filho do sol e essa filha da lua?
Quando suas almas vão se tocar mais uma vez?
Quando seus olhos vão se olhar por mais um instante?
Quando?
Sigo buscando uma maneira de amenizar esse feitiço para poder ao menos um pouco te ver mais...

domingo, 4 de setembro de 2016

Caminando Juntos

Há quatro anos estamos aqui a caminhar por essa estrada
Tomando frio e chuva
Queimando ao sol e levando vento na cara
E parece que ha eras te esperava
Pois há eras eu sinto a dor de ter metade de minha alma decepada
Te encontrei, de ti lembrei
Lembrei em que era te amei pela primeira vez
E a inveja e luxúria nos separou e o vício e a magia mal usada me condenou a te ceifar a vida por ordem de terceira pessoa...
Por séculos eu te cacei em cada vida e te levaram de mim sei lá quantas vezes
Nessa vida eu te achei de novo mas não te largo nem te deixo
Não te abandono nem te troco
Pois não há amor nesse mundo maior que o meu por ti
Minha musa das terras geladas do Norte. Nosso amor superou muitas vezes a morte espero estar com sorte de não mais te perder nessa vida.

Frigg e Freya

Não vejo a hora de ser eu e elas ao meu lado
Ter a alegria de acordar com cada uma de um lado do peito
Ter que lidar com cada uma em qualidade e defeito
Pelas Deusas do amor fui eleito
Me escolheram ao mesmo tempo Frig e Freya me querem e com as duas quero estar
Que cada um de nós respeite no outro as diferenças
Que cada um de nós não nos dirijamos ofensas
Que sejamos além de amantes, bons amigos, companheiros
Com vocês ao meu lado os dias serão mais inteiros e mais repletos tudo estará certo e completo
Ter duas Deusas ao meu lado
Nada mais perfeito.

Sem explicação

Cómo aquela planta que surge no mais alto prédio em meio ao cinza
E colore de verde a monotonia da cidade
Assim surgem os amores
Sem explicação
É exatamente isso que o amor faz surge Onde parce impossível
E se torna tão intenso e belo
Que surpreende até quem está vivendo ele
Surpreende quem está dentro do seu vórtice intenso.
Faz as pessoas se acharem loucas
De tão rápido que as contagia
Meus amores surgiram assim
De uma hora para outra
Como a verde planta
Que brota do mais cinza e alto prédio....

Estás tão longe...

Em cada gole gelado de cerveja...
Em cada suspiro de saudade durante o dia
Em cada pensamento que voa até você que está tão longe...

Te vejo linda
Te vejo nua
Te toco
Te provo
Te reverencio
Te venero

Tudo isso no meu pensar e sentir mais sincero....

Estás tão longe, meu dengo, a deitar - se com outros corpos e eu aqui...
Queimando em febre
Te desejando
Te observando pelas janelas da mente e das redes sociais

Escrevo esses meus ais
Não por ciúmes te saber que te deitas com outros corpos e lhes dá prazer
Mas os escrevo pela distância e inveja desse corpos que realmente te tocam
Mesmo que muitas vezes tu estás ali só por  compromisos que seu trabalho te trás...
Mesmo assim me
Me contorço em convulsões de angústia e tesão acumulado
Em masturbações que ficam muito aquém do que será um dia...
Quando meu corpo tocará o teu e meus lábios colidirão com os teus
E minha língua explorará cara canto do seu corpo sentido os seus gostos e seus calores.

Para depois me voltarem as dores de saber que outros corpos tocam o seu por simples luxúria e ao mesmo tempo me sentir de mais valor por ter cativado o seu desejo e afeto e não ter tentado comprar o prazer que irás me dar...

Minha preta, te aguardo como quem espera  uma Vitória, uma Conquista ser realizada.
E sonho em andar contigo de mãos dadas à beira do mar sentido a brisa que tenta sem sucesso refrescar o fogo que se acende ao te mirar.

Te adoro
Meu corpo queima ao lembrar de ti
Te quero tanto
Que não cabe mais em mim...