Não de pode andar por dois caminhos ao mesmo tempo
Eu fiz minha escolha e por isso ando por ai pela metade
Posso ter feito o certo para minha vida
Mas tive metade do coração dilacerado...
Ando capenga por aí
por renunciar um outro Amor
A dor que provoquei dói mais em mim
Choro e me contorço
Que maldição esse Amor
Faz sofrer dois em nome de outros dois
Faz chorar dois em nome de dois
Parecem ser quatro mas poderíamos ser três
Dói pensar em mim sem una de vocês
Maldita escolha que me matou
Bendita só por renascer o poeta mim
Com a espada ou machado me amputei
Doeu, sangrei e sinto falta
Essa dor gera e mim uma revolta
Contra os anjos que me mandaram decidir
Sei que certos estavam e estão
Mas pra que fazer sofrer esse poeta?
Na pergunta que faço tenho resposta
Pois poeta sem dor, sem sofrimento
Não é poeta nem jumento...
É pedra lançada ao fundo do mar
É barco à vela que deriva sem vento...
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